UM CERTO FALADOR

Seria muito fácil se o difícil não o fosse e sua natureza de ser o que é sabotasse sua própria missão. Nossa vida não é mais emaranhada que a frase anterior criada enquanto eu digitava, pelo contrário, ela é fria, implacável, desafiadora e desesperadoramente intransigente. Ela nos força a seguir caminhos que nós mesmo criamos, resultado inexorável das nossas ações e só uma coisa pode interferir, a ação de outras pessoas. Seguir em frente nem sempre é um deleite, aliás o prazer da vida quase sempre antecede sofrimento para alcançar algo mas para isso é preciso sabedoria para perceber algumas belezas no caminho que se percorre pois nem tudo de bom se está no final do túnel.

O caso de Mariana me chama atenção para um fato que poderia ter acontecido que é: e se a Vale ainda fosse estatal? Primeiro vamos aos fatos, a Vale foi vendida por uma ninharia, assim julgam alguns especialistas, e depois transformada exponencialmente numa empresa faraônica com lucros estratosféricos pela abundância natural de seus negócios, claro. Uma empresa desse porte não pode atuar num país de forma a não ser fiscalizada pelo Governo, ou seja, é privada mas deve explica ções contínuas ao país. Auditorias é para ser algo comum, independente e de forma responsável pois se trata de extração de minério. Pois bem, partindo desse princípio é de se esperar que esse tipo de problema ocorrido seja previsto e solucionado de alguma maneira, é para isso que serve auditoria, para procurar falhas, no caso estrutural. Voltando à pergunta: e se a Vale fosse estatal? As auditorias também podem e DEVEM existir, tecnicamente nada muda a não ser a possibilidade de ser um pouco mais frouxa p